12.28.2010

It's true It's love

Não entendo como a alegria pode ser tão forte em mim, e logo nesse final de ano. Talvez tenha aquilo acontecido, aquilo que tanto sonhei e talvez quando um sonho torna-se realidade, fique melhor que o sonhado. Relembro-me do Barroco agora e sua linguagem rebuscada e também do Romantismo. Talvez seja certo que quando estamos apaixonados até os maiores dos problemas tornam-se nada, e aqueles raios de sol pareçam bem mais belos. Sim... Acho que estou apaixonado.

Acordei-me com barulho, sabia que viria um longo dia chato e corrido. Mais uma terça feita com sete itens na minha agenda. Quem imaginaria que eu faria os 7 e ainda teria tempo para uma coisa excepcional? Levantei-me logo sem nem mesmo dá bom dia para o bentivi a cantava em minha janela e muito menos para o meu agaponis de estimação, pois o banheiro foi o meu destino. Já acordei cansado e mal humorado, tomei meu banho, e as coisas que se seguiram só o rodízio imutável dos dias, desjejum, PC, telefone, telefone, telefone, oficina, loja de construção, casa, loja de construção, supermercado, casa, PC. Talvez fora aquela curta conversa, ou não, toda aquela história que eu vivia, ou não, apenas acontecimentos consecutivos do dia-a-dia. Não sei afinal o porquê, talvez seja mais fácil saber por que o nome da cadeira é cadeira.

Fui-me à tarde, batia o coração a cada curva que fazia e a cada sinal que eu parava o frio na barriga já me congelava, não, acho que era o ar-condicionado. É a ultima curva. Ligo e aquela voz doce diz, já estou a sua espera. Sigo e agora não tem mais volta, tem volta física, mas já estou preso, preso a meu então amor. Passo pela moradia, olho, está lá, dobro e paro o carro. Fecho-o, volto para ver se fechou mesmo, quero fazer hora, estou com mais medo. Penso que realmente, não há volta, o caminho é à frente e não a ré. Apenas olho meu amor, estranho e sou convidado pra entrar. Respiro, agradeço e já puxo qualquer papo, estou mais tremulo de vara fina em dia de ventania. Vamos para o quarto, essa parte não importa, eu apenas estava tremendo, procurando uma carta, só uma carta para me orientar. “O que fazer?” Pensava, e junto disso, minha mente imagina tantas coisas e meus sonhos estavam em língua, na ponta, queria a realidade, mas estava tímido, logo naquele momento... Penso novamente, vejo que não há volta, beijo o rosto, sinto o cheiro, seus cabelos laçam o meu e seu corpo laça-me. O pecado capital está feito, a carne já cheira a queimado, o suor toma o ar, e cada poro do meu corpo suplica por sua pele, seu dorso. Quero tudo, tenho inveja e ciúmes, portanto não deixo de explorar nenhuma curva, ranhura ou unha.

Admiro-te. Beijo-te. Amo-te. E o resto é apenas o resto, pois em meu mundo, em meu tão pequeno mundo de paz, amor, apenas existe você. Tu que és chefe de estado e também a ti pertence todos os cargos político-administrativos de meu coração. É verdade, o meu juízo ficou abaixo do meu pé, mas meu amor está bem acima dos céus.

12.23.2010

Rota sem rumo

Cansado do dia resolvi escrever. Sinto-me na corda banda, ou melhor, com um revolver apontado para minha cabeça, pois em horas estarei decidindo o destino de toda a minha vida. Todos aqueles xis vão dizer a minha capacidade de ser um HD humano. É mais um teste de tantos que viram. Enquanto penso no futuro amanha, o telefone toca, o relógio badala, a noite esfria, o corpo esquenta.
Talvez seja doença ou puramente apreensão, afinal como eu já disse é minha vida. Não sei como ir, que roupa vestir ou o que comer. A morte bate a porta. Mais que droga, já está tão próxima o fim e infelizmente não posso acrescentar dia à minha vida, mas talvez possa por mais aventura e alegria nela. Alegria não, menos depressão.
O que significa aquele calafrio quando escuto aquela música? Será um sinal que eu deva dizer apenas a verdade daqui pra frente ou apenas uma música legal? Apenas sei que o primeiro sinal da morte foi a vista e agora tantos sonhos que não deveriam vim agora. Estou confuso, mas não como antes, agora é diferente, Eu já tenho o mapa, só não sei a rota tomar.

Mais uma sinópse de Sábado

Como sempre todos os meus blogs têm intertextualidade entre eles, e este não vai ficar de fora. O que aconteceu na verdade foi por ironia do destino, pois não pretendia baixar esse filme, mas quando comecei já pensei que era de comédia, entretanto por ser brasileiro eu não cancelei o download. Felizmente sou viciado em cinema e sempre vejo o cinema brasileiro como um dos melhores, já que trata as histórias não como algo impossível de acontecer, mas sim temas do cotidiano. E esse filme não fica pra trás.

No meio da rua que apesar de ter uma capa com um tom de comédia, é um filme de drama. Leonardo é um garoto de 11 anos burguês, tímido, meio, estudioso, um filho perfeito ( um filho que até eu sonho em ter), entretanto não tem muitos amigos e faz uma amizade com um garoto que estava à fazer malabares ao sinal de trânsito. Logo se tornam amigos e Kiko, o malabarista de mesma idade, mostra-se interessado pelo joguinho eletrônico que Leonardo tem a mão. A partir daí a história começa, pois no segundo dia Leo empresta o joguinho, mas no outro dia Kiko o perde. Enquanto isso Leonardo leva bronca de sua mãe por ter emprestado a um garoto de rua o brinquedo e com isso Leo resolve resgatar o gameboy em uma aventura alucinante pela cidade do Rio de Janeiro. Com a fotografia; a ironia do rico e pobre da cidade do samba e track list marcada pelo ritmo carioca, o filme é uma verdadeira crítica a educação burguesa, ao trabalho da polícia e a corrupção.

Se um cachorro fosse professor,

você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro;Nunca perca uma oportunidade de ir passear;Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto;Mostre aos outros que estão invadindo o seu território;Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar;Corra, pule e brinque todos os dias; Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem; Não morda quando um simples rosnado resolve a situação; Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore;
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo; Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente; Aproveite o prazer de uma longa caminhada; Se alimente com gosto e entusiasmo; Coma só o suficiente; Seja leal; Nunca pretenda ser o que você não é; E o MAIS importante de tudo.... Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!


E NÓS PRECISAMOS APRENDER ISsO COM UM ANIMAL QUE DIZEM SER IRRACIONAl

Texto de Ramiro Ros

Tarde no meio da semana

“Você apenas precisa fechar os olhos e abrir a sua mente

Com essa frase comecei e finalizei minha tarde de maravilho ótimo humor. Quando eu deveria está lendo um conto qualquer de Machado de Assis (um de meus ídolos), preferi assistir aquele filme que há quase uma semana eu devia a mim assistir. O meu maior pecado talvez seja o vício por filme. Na verdade o que você precisa para viver apenas são três coisas, as outras virão como conseqüência. Pelo menos comigo é assim, tudo gira ao redor dessas três. Quando o meu espírito chora, as músicas gritam, brigando, sacodem e estremecem o ar negro enquanto a minha personalidade tornam-se mais um personagem de filme e apenas penso no que amar.

Vivendo de música, filme e amor, eu acabei por assistir um filme chamado Ponte para Terabitia. Apesar de ser um filme considerado infantil, acabou por me surpreender por várias vezes. Tocando em até assunto de espiritualidade. A fotografia é linda e em especial a participação Anna Sophia Robb como Leslie Burke, uma personagem que me ensinou tanto... A verdadeira história é sobre dois jovens despertando a sua imaginação para um mundo diferente do real, mas no real. As verdadeiras pessoas e sentimentos mostram-se e criticas fazem-se às velhas brincadeiras de bullying. Um ótimo filme para uma tarde com sua irmã ou irmão mais novo, ou até mesmo, a sós.

Lembranças de criança

"Ah como gostava daqueles anos que eu vivia na Itália. Com aquelas mentes inovadoras que infelizmente só viveram por três anos. Agora tenho que fingir não querer fazer algo para que outros façam e eu possa dar apoio nisso. Acho que está faltando-me a coragem que eu tinha quando antes. Talvez a maturidade matou a infância e reprimiu minhas atitudes, transformando-as em apenas dizeres que no mundo muda nada"

Prazer

“Por que tantas lágrimas sangram de meu rosto? O que fiz ou deixei de fazer? O que fizeram à mim?”

O dia acordou quando ainda era noite. Uma cede incessante interrompia-me o sono e levantou-me. Fui à cozinha. Volto e já tinham se passado trinta minutos, eram 1:48 de segunda. Lá de minha varanda, apenas o pé de pimenta fazia companhia. E o frio do corredor gelará ainda mais meu manto, que doente antes sentia calor.

Incrível como a mente pode enganar, só não entendo a quem. Ela brinca consigo, mas consigo é outra pessoa de um único ser. Sou dividido, e você também. Temos mente e alma e quando elas não caminham juntas, aquelas lágrimas correm sem nem motivo tendo, ou apenas não aparente.

Prazer sou Pablo. Não importa o meu sobrenome, muito menos idade ou... Afinal nada importa, apenas o amor. Mesmo que as vezes devemos tratá-lo com indiferença. Apenas para nos protegermos de uma fatalidade iminente.

“Sofro porque amo sofrer, mas não como masoquista. Sofrer é adjetivo para viver e viver é amar. Amo porque amo amar.”

O sol que brilha assusta-me e cega. Cega os homens puros, raros, que ainda acreditam no amor, mesmo que tanto sofram e as mulheres, que de ingênuas agora são traiçoeiras, apenas para defender o seu espírito de magoas por sub-animais, namorados e maridos.

Preferiria viver a olhos cerrados e meia luz, em semi-vázio ambiente. Talvez seja por causa daquela noite, noite que despertou tantas dúvidas e desejos a teu respeito. O teu rosto balançava junto à seu corpo, a conversa estava boa, mas meus pensamentos voavam e nem queira saber aonde estavam. Os lábios vermelhos teus, natural, brilhavam com as luzes em trânsito. E quando escora-se na parede, eu apenas gostaria cair, desabar sobre você. És tu o meu álcool que tanto me embebeda. E tua língua, rosada, ao vê-la pela primeira vez, ao lubrificar tais lábios, deixaram-me a pensar por horas em ti.

Isso já está provocando-me uma confusão, tamanha que as noites apenas suam-me ao sonhar contigo e os dias apenas trás lágrimas de não poder ter-te. Não como gostaria.

“Já aprendi como substituir a dor pelo medo, só falta saber como transformar o medo em amor.”