9.21.2010

Meu diário

Dois dias para...

Por vezes sinto desgosto pelo gostar dos outros, mas também não posso obrigar ninguém a gostar de algo. Fico observando as pessoas ao meu redor, ao meu redor não, longe de mim, pois de serpes já basta a minha. Elas falam, falam e falam e só duas coisas são importantes: oi e bom dia. O que demonstra interesse na outra pessoa e assim chamar para um possível conversa sobre coisas inúteis, mas capazes de disfarçar um dia pesado que virá em minutos.

Os meus emails já se acumulam, e sinto aqueles que me enviaram, não vou lê-los mais. De notícias ruins já basta em minha vida, já bastas folhas rubras junto com a TV que mais parece um açougue. Os emails que passarei a ler no máximo serão de compras, meus deveres e não emails de persuasão. Quanto à política, nunca mudei, apenas fingi. E quanto ao MSN e Orkut, quem sabe excluir, poucos são importantes.

Acho que não era disso que eu ia falar e agora, já que esqueci, não tenho mais o que falar. Ah lembrei...

Homem nenhum é uma ilha, essa frase me lembra o filme, um grande garoto. Talvez não seja uma ilha, mas um pequeno arquipélago pode ser. Gostaria de ser Ibiza. Por falar em Ibiza, aquelas tantas músicas que coleciono em CDs e nas memórias de meus computadores já não fazem tanto efeito. Apenas as lembranças sinestésicas de momentos estranhos, mas marcantes. Nada mais tem sentimentos, na verdade tudo tem, mas aquele meu amor azul, que a tão longa estrada terei que percorrer para chegar ainda longe, não está ao meu lado. Não pessoalmente. (E agora nunca mais).

Não entendo confiar tanto e roer-me de tanta curiosidade, que segredo de morte será esse?

Um dia para...

Até que fim que essa aula acabou, já não suportava mais. Mas até quando vou conseguir ficar calado? Será que vou passar um tempão e então explodir? Não sei e suspeito dizer que isso não vai acontecer. A conhecer por mim logo eu mudarei essa idéia, ou irei levá-la à frente e esquecer esses..., mesmo sabendo que tempos a frente eu passarei algumas horas procurando por tais coisas, mas sei que não vou me importar tanto.

Meu deus que frio é esse que gela até os mais finos pontos de minha alma?

E enquanto eu falo de meu sofrimento, três nerds tentam disputar uma questão no quadro, pretendendo provar que o professor está errado. Como sempre vem-me dúvidas, a agora que estou escutando Enya, aí é que vem mesmo.

Mas afinal, aonde os pássaros foram? Não os vejo mais pela manhã

Pensando nessa ironia, penso na irônica vida que faço da minha. Vezes que me divirto ao sair destruindo as plantinhas com meu jipe e dentro dele um adesivo de: vamos preservar o meio ambiente. E quanto às músicas calmas e relaxantes que consigo escutar e apreciar em meio a essa euforia estudantil? Apenas riu, riu, rio de janeiro para ser tão mais alegre que eu.

Dia final. Dia de ausência

Pelo visto aquele texto não será o último e nem sei se esse será ou não o último...

Hoje o meu coração doe, mas não por doença viva, mas doença da alma. Eu já poderia jurar que isso iria acontecer, eu já tinha notado com a nossa última conversa. Talvez eu apenas ignorasse para não pensar no pior, porém, inevitável. A noite não foi das melhores, mas também não foi ruim. O dia que amanheceu e eu já não posso falar dele (dia). Apenas pessoas conversando sobre seu interesse.

Tudo poderia ter acontecido, menos isso. Então me pergunto: por quê? O que leva a pessoa a fazer isto? Mesmo sabendo que devo, sei lá, talvez perdoar, mas ainda sofro por isso.

Uau, como pôde? Já toca e o professor em sala. Ignorarei.

Talvez ao ter posto tanta coisa em jogo com essa amizade tenha sido um erro. Talvez, Talvez, talvez. Não sei mais com quem compartilhar todas as novidades já que ninguém se fazia tão presente. E agora que rumo tomar? Para onde ir? Onde ficar? Logo agora que te faço um pseudônimo e metáfora para nós, amor azul.

Amor cinza é o que te tornas agora.

Ainda não estou mal, apenas minhas mãos tremulas erram as vogais e trocam os acentos. E só agora Snow is black faz realmente sentido. Queria desaparecer, fugir, seguir. Só não há motivo. A única coisa que tenho a fazer é esconder essas malditas lágrimas que pingam de minha alma e assim como elas, apenas me trás calafrios e frio.

Como que você teve a coragem de arrancar parte de mim e simplesmente desaparecer?

Acho que tudo está acabado, sentirei tua falta e não realizarei aqueles nossos sonhos. O presente que chegou findará encostado a levar poeira e quanto ao tempo, ele apagará e a lembrança de 'teu' rosto também. Apenas lembrar-me-ei de tua alma e de como mudasse minha vida, mas julgo que você errou, e foi igual às outras pessoas, o meu medo mortal.

Comprarei nova vida agora. Não vou te esquecer nem tão cedo, e continuarei o que conversamos, mas não como antes, já que perdi o meu diário.

"Diário novo nunca substituiu aquele que te mais ensinou"

Fim do blog.

9.18.2010

Dias tortos de finais finos

Por algum motivo não me sinto bem. Talvez eu devesse sumir, desaparecer. Não, não, é radical demais para minha pessoa, até para minha pessoa. Conversas exaltadas, gritos de revolta ou apenas de desejo para obter atenção de meras pessoas e assim deixar algo engraçado, ou não, essas são/foram minhas conversas.

Hoje durmo sonhando o pleonasmo de um sonho. Talvez deva fazer isso mesmo, mas também a vida é feita de dúvidas e sou jovem, mas devo errar para acertar. Ou será acertar e não errar?

Chutarei a pedra. Aquela que durante parte de minha vida foi tão presente, mas já se tornou incomoda, e as vezes, muitas vezes, irritante. Sair de casa é uma opção não dever e não preciso dessas pedras em meu pé, já tenho aquilo que muitos sonham. Deixo que me inveje, e deixo que eu me gabe, afinal o que vão falar pouco me importa, hoje muito menos e amanhã ainda menos.

Acho que cansei de ser igual. Mas também não quero ser aquele jovem que queria mudar o mundo e ao fazer 21 virou mais um, mas um... Como se diz mesmo? Ah lembrei, chama-se adulto. Poderia agora falar de todos os problemas que os adultos estão deixando para as gerações mais novas, e falar que até mesmo as gerações pequenas estão, também, pouco se importando. Mas isso não é coisa para o ultimo texto.

Sempre digo último, não será, fique tranqüilo, se é que você gosta disto. Falando de meu dia, hoje apresentei um trabalho, aquela monotonia de alunos pagando para ganhar pontos, clássica corrupção maquiada pelo colégio. Também vou poupar-te dessa baboseira.

O único motivo que me levou a escrever este texto foi a insônia. Mentira, realmente já deveria ter escrito antes, ou pelo menos feito isso antes. Mas só hoje anuncio isso. Se pensas que vou pular da ponte ou coisa do tipo, relaxe, é mais fácil que você faça isso. Caso for fazer, tente algo inovador. Não tão clichê como pular da ponte.

A metalingüística vem a minha mente e preciso dar a minha clássica marcação de tempo. Pois bem, o dia já não tarda, fez-se escuro e o claro em meio dia já se aproxima. São onze, talvez doze. Não entendo mais as horas. Nem os minutos. Nem minha vida.

Acho que não entendo nada, nem mesmo a frase: só sei que nada sei. Eu sei de algo, ou melhor, talvez eu saiba de como lidar com isso. É melhor eu logo dá tchau. Se você leu até aqui, ótimo, caso você só leu esse parágrafo, ótimo também, pois só aqui que importa. Estou a dar tchau, não só o texto está acabando. E não me venhas com perguntas idiotas de para onde estou indo, pois você é cego e não sabe. O mais cego é aquele que ver e aquele que dispõe de tudo, mas não valoriza. Eu fui cego, mas não por isso, mas por infantilidade, normal, mas pagável a alto preço. Agora vejo, sei e para onde seguir. Irei seguir um caminho novo, estranho como todo novo, desconhecido como todo novo, sombrio como todo novo, mas, misterioso como todo novo caminho.

As inseguranças e dúvidas pairam, claro, em meu ar. Não sou, nunca fui, e pretendo ser imune às derrotas. Talvez eu volte, mas espero que não.

9.06.2010

Velhas manhãs de segunda

A vida voltou ao normal, voltei a ser aquele chato garoto que passa as aulas no celular no diedro da sala. Vejo porque tenho visão, infelizmente talvez. Os jornais apenas trazem notícias tenebrosas que só remetem-me a pensar que estamos fadados ao fim e que este se aproxima cada vez com mais rapidez. Aquela juventude que todos diziam que estava perdida já madurece e não está assim tão perdida. Isso acontece sempre com toda juventude. E quanto às modas que vão e voltam, adivinha! Continuam indo e voltando, apenas minha dislexia não vai para sempre. Agora está mais presente, só agora que eu resolvi o problema de saber por um "quem eu sou" do Orkut real. Talvez eu seja um carro velho, quando concerta um problema outro aparece.

Como sempre vejo a clássica corrupção em sala, mas já é normal. Normal, mas não correto. Entra e sai de alunos de outras salas já é intermitente e aquele inspetor carrasco apenas irrita-me ao acender a luz e levar de mim todo aquele sono e dar-me apenas uma dose de rancor para ele.

O dia vai ser diferente de todos os outros, agora minha companheira gabi não está em mesmo ambiente e compartilhando mesmos ares. Mudou-se, talvez para sobreviver, talvez para sofrer. Não perderei meu tempo julgando o que ela fez. Afinal quem eu sou para dizer o que é certo ou errado a alguém?

Ficasse chateado porque te fiz uma pergunta? Pois bem, em mim pairam mais de 30. Medos e receios impedem-me de fazer algumas coisas que talvez sejam erros, mas é preciso errar para aprender. Estava pensando por quanto tempo vou agüentar isso. Se devo ou não jogar uma cadeira na cabeça de um colega de turma, assim ele parará de fingir ser um pássaro da Amazônia. Quanta infantilidade a dele e minha também, deveria eu ignorar. Mas se fossem apenas desse tipo as coisas que tanto me assombram ao escurecer, se fossem tão simples assim...

Imagino se estou fazendo tudo certo ou se algo saiu errado e todas as seguintes coisas também. Acho que vou deixar de fazer planos, mas quem sabe o que aquela garota me falou ontem esteja certo. Será que todas essas saída de casa estejam me levando a algum local, levando-me para meu amor ou apenas essas viagens que fazemos e que cada vez mais vejamo-nos perto um do outro sejam meros acasos de uma aviação mal planejada no Brasil?

Continua no outro blog.