12.23.2010

Eleições 2010

Enfim chegou o ano eleitoral. Hoje já tenho 16 anos e posso mudar o destino de um país/estado e não posso assumir um crime de assassinato. Oficialmente a toda corrida eleitoral começa depois da derrota ou vitória dos candidatos. Muitos políticos aproveitam de seu mandato para fazer ‘obras’ para o povo e assim conseguir votos vitalícios. Estranhou o vocábulo voto vitalício? Calma, vou explicar. Como grande parte da massa votante é constituída por analfabetos apenas é necessária uma pequena ajuda dada a esses que os políticos conseguem o voto sempre que preciso.

Caso somente este fosse o único problema, tudo estaria a mil maravilhas, mas não é. Políticos claramente estelionatários de cofres públicos são reeleitos e muito pior, são cassados, mas continuam podendo ser reeleitos depois de tudo. Mas existiu um cara, um GÊNIO, que criou o projeto Ficha Limpa. O básico do projeto você já conhece, então só vou resumir: Trata-se de uma lei complementar que visa à inelegibilidade, de oito anos, para políticos maus ladrões. (Se fossem bons ladrões não seriam pegos).

Para entender melhor, vamos ao significado de política.

Derivada da palavra polis que significa cidade, algumas vertentes dizem que política está relacionada com todos os fatos acontecidos na cidade, polis. E os políticos, quem são? Politikós, como preferir, somos nós que fazermos a politiké. Isso tudo retorna a arte e habilidade de construir, administrar e desenvolver o estado/comunidade.

A política foi feita para o interesse popular, ou melhor, dos políticos. Mas não são todos os políticos, na realidade, só os que dispõem desse poder que realmente serão beneficiados. Desde o começo, apenas um grupo isolado dar-se bem, enquanto uma maioria dar-se mal. E para acabar com tudo, os políticos ainda interferem com a nossa moral, intelecto e opiniões. Tudo não passa de um jogo de interesse e quem menos se interessa mais se lasca.

Agora que você já sabe o que é política, você já sabia, mas queria encher lingüiça. Afinal também sou político. Agora vamos descobrir o que é essa democracia que tantos falam.

Muito confundida com republica, é um sistema que o governo é denominado pelo povo. Ou seja, o povo, através de seu representante eleito, é quem governa. Se o governo não presta isso remete a pensar que o povo também não presta.

Para resumir e trazendo esses conceitos para o Brasil posso concluir:

Vivemos em um país cheio de desigualdades decorrente do capitalismo em que explora vários e enrica um. Nosso povo não tem coragem de reivindicar o seu direito, já que não tem mais esperança que vai mudar algo. A política continua um jogo de interesse e ganha quem dar mais para o povo e para grandes empresas. Existem, também, mídias e essas são as mais influentes e formulam a cabeça do povo.

Lindo não é mesmo?

Estava lendo o projeto da ficha limpa e a primeira coisa que me chamou atenção foi: só vai ser proibido de ser candidato por oito anos. Não entendi o porquê disso. O caráter de uma pessoa pode mudar em oito anos? Um ladrão só fica oito anos na cadeia depois de roubar velhinhos, assaltar, hospitais infantis e merenda escolar?** Claro que não, fica mais tempo em cárcere. Então porque apenas oito anos, por que não total? E ainda digo mais, isso deveria seguir para as próximas duas gerações. Radicalismo? Claro... Que não. Radicalismo é um exemplo da família CUNHA LIMA que o pai Ronaldo C.L. já foi expulso de seu cargo, ficou anos no rio, volta pra política com sua cara de pau e ainda segue o filho no seu rabo. Para concluir, esse seguidor fez um mega rombo na sudema, no recife, e segue para João Pessoa-PB. Candidata-se a governador, é eleito duas vezes, mas na segunda é retirado na metade do seu mandato e segue o outro ladrão/ditador Zé Maranhão (desse eu falo depois). Mas não é só isso, o cara continua com sua cara de pau e se candidata a senador e ainda se diz favorável a ficha limpa.

Vou contar-lhes uma história que eu escutei na aula de História. Era uma vez uma manhã ensolarada. Um professor de cor mais escura estava dando aula e tinha um aluno nazista, brasileiro. Esse não gostava do professor pela cor e sempre jogava bolinhas de papel no professor. Em uma certa manhã, o professor de História cansou das brincadeiras do aluno e perguntou:

-Você realmente sabe o que é nazismo?

-Sei sim. Por quê? – Respondeu o aluno.

- Você sabia que eles não gostavam de brasileiros? Você sabia que só os arianos, para eles, são puros? Você sabia que você também tem sangue negro? Então faz um favor, quer ser nazista, se mata que já vai ajudar.

Acho que você já deve ter entendido o porquê de eu contar-lhe essa história. Caso Cássio fosse realmente favorável da ficha limpa ele já teria se calado e seguido outra carreira. Vai ser ator ou sei lá o que! Menos político novamente.

Pelo menos quando saiu Cássio entrou uma pessoa boa. Político do povo. Cara descente, nunca roubou e todos os seus funcionários são concursados. Se isso fosse verdade eu não estaria procurando o menos ladrão para votar. O nosso querido governador Zé Maranhão assume o poder por mais dois anos e tenta, agora, a reeleição. É o fim do mundo. Ele é o anticristo da política. Ele já vai tentar o quarto mandato! Serão 14 anos no poder! Isso é ditadura e não democracia. O TSE tinha mais era que casar esse cara por tentativa de golpe militar!* Não consigo entender como pessoas ainda continuam a votar nesse cara e outra, pelo que parece ele vai ganhar. Acho que quanto mais ladrão mais querido é.

Eu vou acabar agora o texto, vou matar alguém, bater em uma mulher, infligir leis, conhecer o povo. Talvez assim eu seja querido e consiga um cargo na política. Infelizmente não posso, eu tenho 16 anos, posso mudar totalmente o meu país, afundá-lo ou torná-lo uma super potencia, mas não posso ser punido por atrocidades. Enfim: não sei qual a maior atrocidade, eleger esses candidatos ou matar uma pessoa, pois ambas vão acabar com os dois direitos básicos: vida e liberdade, dos paraibanos.

*Atenção: Estou brincando, ele não pode ser cassado por risco de golpe militar ou qualquer tipo de suspeita de implantação de ditadura, mesmo que pareça/seja.

**Os políticos fazem isso também.

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