9.18.2010

Dias tortos de finais finos

Por algum motivo não me sinto bem. Talvez eu devesse sumir, desaparecer. Não, não, é radical demais para minha pessoa, até para minha pessoa. Conversas exaltadas, gritos de revolta ou apenas de desejo para obter atenção de meras pessoas e assim deixar algo engraçado, ou não, essas são/foram minhas conversas.

Hoje durmo sonhando o pleonasmo de um sonho. Talvez deva fazer isso mesmo, mas também a vida é feita de dúvidas e sou jovem, mas devo errar para acertar. Ou será acertar e não errar?

Chutarei a pedra. Aquela que durante parte de minha vida foi tão presente, mas já se tornou incomoda, e as vezes, muitas vezes, irritante. Sair de casa é uma opção não dever e não preciso dessas pedras em meu pé, já tenho aquilo que muitos sonham. Deixo que me inveje, e deixo que eu me gabe, afinal o que vão falar pouco me importa, hoje muito menos e amanhã ainda menos.

Acho que cansei de ser igual. Mas também não quero ser aquele jovem que queria mudar o mundo e ao fazer 21 virou mais um, mas um... Como se diz mesmo? Ah lembrei, chama-se adulto. Poderia agora falar de todos os problemas que os adultos estão deixando para as gerações mais novas, e falar que até mesmo as gerações pequenas estão, também, pouco se importando. Mas isso não é coisa para o ultimo texto.

Sempre digo último, não será, fique tranqüilo, se é que você gosta disto. Falando de meu dia, hoje apresentei um trabalho, aquela monotonia de alunos pagando para ganhar pontos, clássica corrupção maquiada pelo colégio. Também vou poupar-te dessa baboseira.

O único motivo que me levou a escrever este texto foi a insônia. Mentira, realmente já deveria ter escrito antes, ou pelo menos feito isso antes. Mas só hoje anuncio isso. Se pensas que vou pular da ponte ou coisa do tipo, relaxe, é mais fácil que você faça isso. Caso for fazer, tente algo inovador. Não tão clichê como pular da ponte.

A metalingüística vem a minha mente e preciso dar a minha clássica marcação de tempo. Pois bem, o dia já não tarda, fez-se escuro e o claro em meio dia já se aproxima. São onze, talvez doze. Não entendo mais as horas. Nem os minutos. Nem minha vida.

Acho que não entendo nada, nem mesmo a frase: só sei que nada sei. Eu sei de algo, ou melhor, talvez eu saiba de como lidar com isso. É melhor eu logo dá tchau. Se você leu até aqui, ótimo, caso você só leu esse parágrafo, ótimo também, pois só aqui que importa. Estou a dar tchau, não só o texto está acabando. E não me venhas com perguntas idiotas de para onde estou indo, pois você é cego e não sabe. O mais cego é aquele que ver e aquele que dispõe de tudo, mas não valoriza. Eu fui cego, mas não por isso, mas por infantilidade, normal, mas pagável a alto preço. Agora vejo, sei e para onde seguir. Irei seguir um caminho novo, estranho como todo novo, desconhecido como todo novo, sombrio como todo novo, mas, misterioso como todo novo caminho.

As inseguranças e dúvidas pairam, claro, em meu ar. Não sou, nunca fui, e pretendo ser imune às derrotas. Talvez eu volte, mas espero que não.

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