12.23.2010

Cotidiano adolescente

As dúvidas, incertezas e medos são comumente relacionados à adolescência, mas quando isso se torna algo bastante presente e no cotidiano da mente juvenil temos um problema. Sabemos muito bem que educar ou ser educado nunca é simples. Nesse momento não vai ser só a educação que vai ajudar, pois as amizades e apoio familiar serão realmente essenciais para que esse adolescente consiga passar por essa fase.

Não são poucos os medos que os pais têm quanto aos seus filhos e também seus filhos com a vida. Drogas talvez seja o maior junto com criminalidade, mas, na verdade, o mais presente é a crise de identidade. As influências são tantas que com elas formamos o nosso caráter. Entretanto custamos saber o que gostamos e queremos realmente. Nossas opiniões não são constantes e constantemente as mudamos. Pensamos em gestos, gênero musical ou de filme dependendo de nosso estado emocional ou do que a sociedade vai pensar de nós. Queremos ser aceitos em vários momentos e não ligamos se é aquilo que realmente somos. Ou seja, somos o que as pessoas querem que sejamos. Entretanto quando descobrimos que não somos isso, entramos em conflito, pois somos algo e queremos ser outra coisa.

Nesse momento não há muito a fazer, pois o necessário é que os adolescentes saibam exatamente o que são e sobre tudo aceitar-se. Entretanto existem maiores agravantes tais como aceitação familiar, religiosas e tabus.

Vou interpretar cada um, e tomarei como referencia estilo de vida e homossexualismo, bissexuais e androgenia.


Família.

Sempre julguei a educação brasileira inadequada e ainda penso. Muitos de nós quando mais jovens somos criados entre pessoas do mesmo sexo, assim sendo, acabamos por pensar em relação homossexual o que é visto pela família como um ser a envergonhar o nome daquela casa, em muitos casos, em outros ainda há a possibilidade de ser aceito. O que faz com que a criança já suma com qualquer idéia de apaixonar-se por seu (sua) colega

Também há agravantes quanto ao estilo de vida, seja ele vegetarianismo, punk, gótico e outros. Na verdade isso é mais freqüente entre famílias mais burguesas, pois essas gostam de manter uma imagem positiva aos membros da alta sociedade. Resta ai aos pais aceitarem os filhos do jeito que eles são e caso isso envolva a estrutura financeira da família, existirá a necessidade de uma conversa e decidir como lidar e tentar equilibrar. Caso a opinião do adolescente tenda a destruir o lar, o maior culpado por será os pais já que não aceitam o seu filho e cabe ao filho ter a maturidade de saber lidar com a imaturidade e hipocrisia dos pais.

Religião

Além da família, o fator mais agravante quanto o que o jovem quer ser é a religião. Pois essa, em muitos casos, regulamenta que posições e modo de criação a família irá tomar. Não é estranho falar que no século xxi ainda exista casas que são bitoladas à religião e seguem-nas fervorosamente. O que cria um grande problema e confusão na mente do jovem, pois não sabe em quem confiar. E também existe o agravante que a religião tem muito preconceito que é transmitido para a família e para o jovem, confundido-o ainda mais. E é então nesse aspecto que concordo dizer que jovens revoltados têm tendência maior a experimentar algo diferente, mas esse é mais firme sobre criar uma opinião e livrar-se de um vício. Em suma, ele é capaz de experimentar e não se viciar.

Tabu.

Por ultimo posso mencionar os tabus. Que são nada mais que a união das opiniões, culturas e religiões quanto a determinado assunto, mas todos os tabus são erros e preconceitos e não vale acreditar neles. Ou seja: ser surfista não quer dizer que é viciado. Ser punk não significa ter aversão a deus totalmente e ser gay não significa que tem AIDS.


Então, crianças, jovens e adultos. Descubram-se! Seja o que vocês são e não o que a sociedade quer e sobre tudo não sejam bitolados. Criem suas opiniões, experimentem com responsabilidade, conheçam-se e sejam felizes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário