7.24.2010

É preciso acabar para recomeçar.

Tudo já foi comprado, a mala já esta a levar sol. Voltarei ao meu mundo de viajante em breve. Aproximou-se com tanta velocidade que mal pude piscar e já só faltam alguns dias, horas, minutos. Ficarei bem não sei, apenas vou. E se o calendário acabar não terá problema, o corpo voltará, mas o espírito nunca mais será o mesmo.

Livrei-me de um calo em meus pés ontem. Era a ultima coisa que me restava e agora já posso andar só. Carreguei-o por mês e ele me ocupou mais do que os meus amigos reais. Foi um erro ter ligado tanto para isso, mas é errado que se aprende.

Só o sangue que corre em minha veia aparenta ser verdade. Aquele raio de sol não existe mais e nunca mais iluminará o meu olhar. Mesmo que retorne a querer, não o mais permitirei. Não irei culpar o amor por meus erros, mas não posso mais mentir e esconder isso. Ilusão, diminutivos e palavras alegres nunca existiram em meu vocabulário, não vai ser dessa fez que vão ser aderidas.

Vivi anos em minha armadura de egoísmo, desprezo e solidão. Sempre fui feliz na infelicidade e na felicidade apenas problemas me azucrinam a mente. Como eu tenho uma incrível capacidade de complicar o simples.

Mas não me vou assim,

Mas vou-me sim.

Não vou descumprir a promessa. Vou levar-te sim, não sei se vai ser como naqueles passeios que eu fiz e pensava em você. Você me fez muito. Mas preciso ir agora. Preciso descansar esse amor e um dia retomar, ou nunca mais.

Esse nunca mais voltará. Desista isso é um adeus. Mas o corpo continuará vivo e pensando, lendo e escrevendo.

Boa noite/Boa dia/Boa tarde/ Boa vida.

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